quarta-feira, 7 de julho de 2010

Rosalba é a mais pobre e prevê gastar R$ 12 milhões na eleição


Democrata apresentou à Justiça Eleitoral declaração de bens no valor de R$ 184 mil; Carlos Eduardo informou R$ 3 milhões e Iberê R$ 2,5 milhões

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) é a mais pobre, oficialmente, entre os que pleiteiam o comando do Governo do Rio Grande do Norte, considerando um cenário com os três candidatos melhores posicionados em pesquisa de intenção de voto. Rosalba, ao registrar sua candidatura, declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que seu patrimônio é de apenas R$ 184 mil. A modéstia dos bens não corresponde ao valor previsto para gastar na campanha eleitoral: de até R$ 12 milhões.
O teto máximo da democrata é o maior entre todos os sete candidatos e o dobro do que prevê gastar o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) (R$ 6 milhões), que apresentou declaração de bens e direitos à Justiça Eleitoral no valor de quase R$ 2,5 milhões. Esta quantia se aproxima do que foi informado à Corte Eleitoral pelo ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), que demonstrou possuir mais de R$ 3 milhões.
A coligação “Coragem Pra Mudar” (PDT e PCdoB) estima em R$ 2 milhões os gastos com a campanha governamental do pedetista. Carlos Eduardo é o candidato que possui um valor acima do que pretende investir no embate do pleito eleitoral deste ano. Não que o ex-prefeito, assim como os demais candidatos, vá arcar com os custos, para isso há uma equipe buscando financiamento privado de campanha (doações), além de recursos do partido. Mas vale o comparativo.
E comparando é possível observar que Carlos Eduardo declarou ser dono de três apartamentos, que juntos foram avaliados em R$ 575.132,51, possuir 50% de um prédio comercial no bairro do Tirol (R$ 950 mil) e um terreno em Parnamirim (R$ 350 mil).
Já os maiores investimentos de Iberê Ferreira, integrante da coligação “Vitória do Povo” (PSB-PT-PTB-PPS), são em crédito junto à empresa Maricultura Trapiche LTDA no valor de R$ 811.542,99 e capital social na empresa I.F.S Construções e Incorporações LTDA (R$ 570 mil).
A "franciscana" Rosalba, que disse ter R$ 52,37 na poupança, investiu seu total de R$ 184 mil, segundo o documento entregue à Justiça Eleitoral, em bens como, por exemplo, um carro importado no valor de R$ 123.500,00. O segundo bem mais valioso da democrata é outro automóvel, que custa R$ 32.980,00.
Na disputa para o Senado Federal, entre os "caciques", o senador José Agripino Maia (DEM) é o mais rico. Ao requer o registro de candidatura no TRE, o democrata apresentou a declaração de bens e direitos no total de mais de R$ 4,2 milhões. José Agripino integra a coligação “A Força da União” (DEM, PSDB, PMN, PSC, PSL, PRP e PTN), que estima em R$ 6 milhões os gastos com a campanha eleitoral dele.

Charge

Nível superior para quem leciona

Comissão do Senado aprova obrigatoriedade de formação universitária.

A Comissão de Educação do Senado aprovou ontem projeto de lei que torna obrigatória a formação universitária para dar aulas na pré-escola e nas primeiras cinco séries do ensino fundamental.
Pelo texto, sempre que um professor com curso Normal de nível médio for contratado na rede pública, ele terá seis anos para apresentar o diploma de graduação. Caso contrário, ficará inabilitado para a atividade.
Apreciada primeiro na Câmara, a proposta foi modificada pela relatora na comissão, senadora Fátima Cleide (PT-RO). A regra inicial não previa o prazo, proibindo o ingresso de novos profissionais sem a chamada licenciatura de graduação plena.
O critério de seis anos não é provisório, ou seja, valerá toda vez que um docente for nomeado na rede pública. Quem já dá aulas e não tem a formação desejada está desobrigado de buscá-la, pois, tem direito adquirido.
Fátima diz que a proibição seria uma mudança radical. Para ela, o curso Normal de nível médio não é indesejável no magistério. Porém, falta na lei um dispositivo que leve os profissionais a progredirem na carreira.
— O ruim não é o professor ser contratado com nível médio, mas continuar nele — afirmou, acrescentando que a exigência, juntamente com o piso nacional dos professores, é um importante instrumento para melhorar a qualidade da educação.

terça-feira, 6 de julho de 2010

[Humor] Muito Legal

Espanha vai ganhar a Copa do Mundo, diz matemática

A Espanha ganhará a Copa do Mundo. Chute? Não. A previsão é matemática.
A mesma que dizia que o Fluminense tinha só 1% de probabilidade de não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro de 2009 (escapou) ou que o São Paulo tinha 1% de chance de ganhar a competição em 2008 (foi campeão).
Mas eram chances, declaram os especialistas. Para chegar a elas, economistas criaram até uma fórmula para calcular quem tem a maior probabilidade de levar o título na África do Sul. Deu Espanha, com o Brasil como vice.
Se o máximo de matemática que você consegue ver no futebol é que 4-4-2 + 3-5-2 = 11 (jogadores) de cada lado, sinta-se um gênio. E chute à vontade o resultado final da Copa sul-africana. A conclusão pode ser tão certa quanto a dos economistas que usaram o tempo livre e a experiência com números para criar o modelo matemático que prevê o campeão.
Não espere, entretanto, uma bola de cristal em campo. A tal fórmula-padrão de probabilidade já ajudou a prever até a recessão nos Estados Unidos. Ajudou? Enfim, foi com base nessa fórmula que economistas da LCA, uma das maiores e mais respeitadas consultorias do Brasil, criaram a tal equação matemática, e não mágica, para a Copa deste ano.
"Para nós, é uma brincadeira. Afinal, futebol é número, porcentagem de vitória, gols pró, gols contra. Qualquer pessoa, quando aposta em um resultado, tem um modelo na cabeça, nem que seja apenas saber o histórico dos times", diz Márcio Pages.
"O que fizemos foi o que um consultor em economia precisa fazer sempre: criar um modelo simples para explicar algo que parece complexo", acrescenta o diretor da LCA, Celso Toledo.
Equação pra lá, simulação pra cá, entre o atendimento a uma grande empresa e outra, os economistas descobriram que a seleção que tem mais chance de vencer a Copa é a da Espanha, atual campeã europeia, com 15,7%. 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

RN terá sete candidatos a governador

No último dia para registro de candidaturas, PRTB lança Bartolo Moreira na disputa.
Faltando pouco menos de duas horas para o fim do prazo de registro de candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro –PRTB, lançou a candidatura de Bartolo Moreira ao Governo do Estado.
De acordo com os representantes da legenda, a previsão de gastos para a campanha é de R$ 1 milhão. Na chapa de Bartolo, o candidato ao Senado será Marconio Cruz.
O partido também entrará na disputa por vagas na Assembleia e na Câmara Federal. A previsão de gastos para os candidatos é de R$ 500 mil, cada.
Com a entrada de Bartolo, agora são sete candidatos ao cargo de governador no Rio Grande do Norte: Iberê Ferreira de Souza (PSB), Rosalba Ciarlini (DEM), Carlos Eduardo (PDT), Roberto Ronconi (PTC), Sandro Pimentel (PSOL), e Simone Dutra (PSTU).

IFRN investiga possível fraude em concurso

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) abriu nesta segunda-feira (5) um processo administrativo para investigar possíveis fraudes no concurso destinado à contratação de 36 “Assistentes de Alunos”. Denúncias que chegaram à comissão do concurso na última quinta-feira apontam “coincidências estranhas” no resultado final do processo seletivo.
“Temos de trabalhar com a presunção de boa fé de todos os candidatos, mas (a denúncia) nos chamou atenção. Com certeza foi uma coisa meio esquisita”, resume o professor Eduardo Bráulio, coordenador da comissão responsável pelo concurso, realizado pelo próprio IFRN. O processo administrativo deve cruzar dados de todos os candidatos e, se forem constatadas possíveis irregularidades, a Polícia Federal será acionada para realizar a investigação criminal.
As provas foram realizadas no último dia 20, em Natal, e 8.900 candidatos se inscreveram para disputar as 36 vagas. Dos nove primeiro colocados, cinco têm endereço no mesmo município, Apodi, e todos com basicamente as mesmas respostas nos gabaritos. Quatro acertaram 34 questões, com a mesma divisão por conteúdos (Português, Informática e Matemática). De acordo com a denúncia anônima enviada à TN, dois deles seriam de uma mesma família.
“Os gabaritos são realmente bastante semelhantes”, reconhece o professor.

Vergonha!

Asistindo o telejornal RedeTVnews tive uma surpresa. Apareceu uma repostagem que dizia que uma pesquisa feita no Brasil, tinha comprovado que um aluno do Ensino Médio de uma escola pública tem o mesmo nível de conhecimento de um aluno do Ensino Fundamental de uma escola particular. Fico me perguntando: de quem é a culpa? 
Se ficar pensando muito nisso posso até endoidar.
Então, se você gonvernante tiver a resposta por favor me mande. Ou não. 

Curiosidades sobre Felipe Melo

1 - O saci tinha duas pernas até ser atingido por Felipe Melo


2 - O Corcunda de Notre Dame era um modelo famoso até trombar com Felipe Melo

3 - Aquiles uma vez dividiu uma bola com Felipe Melo, seu calcanhar nunca mais foi o mesmo

4 - Chuck Norris encerrou sua carreira no cinema após um carrinho de Felipe Melo

5 - Felipe Melo foi expulso da escolinha do Junior Baiano por agredir o goleiro Bruno do Flamengo

6 - Felipe Melo não nasceu, foi expulso do útero

7 - O Felipe Melo não é o Dunga JR, ele é o Dunga Junior Baiano

[Humor] O mais pé frio da copa.

domingo, 4 de julho de 2010

[Que exemplo Heim?] Cidade potiguar é exemplo de fraude eleitoral

No jornal Correio Braziliense deste domingo, a principal reportagem da editoria política põe no mapa brasileiro a cidade norte-rio-grandense de Timbaúba dos Baptistas.
O destaque, no entanto, é negativo.
Timbaúba dos Baptistas ganhou a manchete do principal jornal da capital da República como exemplo brasileiro da farra de transferência de títulos eleitorais, o que provoca, é claro, fraude.
Leiam o que escreveu Alana Rizzo, que esteve por lá e ficou impressionada com os 1.900 eleitores em uma cidade com população de 2.300 pessoas:
Mesmo depois da revisão, que cancelou 240.384 títulos em todo o país, as fraudes na transferência de eleitores continuam desenfreadas. Pequenos exemplos dão a dimensão do ato de cooptar a população, principalmente a de baixa renda de municípios do interior. Em Timbaúba dos Baptistas, a 304km de Natal, 1.900 dos 2.300 habitantes votam, ou 83% da população. O número é suspeito porque indica que o total de crianças e adolescentes de até 16 anos, somado ao de idosos, corresponde a apenas 17% da população. Em função disso, o Ministério Público Federal (MPF) já entrou com mais de 100 recursos. Todos questionam a legalidade dos documentos apresentados pelos eleitores. A cidade é uma das 60 que passaram pelo recadastramento para as urnas biométricas. Foi escolhida por apresentar, entre outros requisitos, um total de transferências de títulos eleitorais 10% maior de um ano para cá. Para o Ministério Público, as novas urnas, que vieram com a promessa de segurança, não evitam esse movimento migratório.
"Toda eleição é a mesma coisa. A incidência da transferência eleitoral é sempre alta", afirma o procurador regional eleitoral, Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes. "O problema é que o conceito de domicílio eleitoral é muito amplo", critica. A opinião de Fernandes é compartilhada por outros procuradores eleitorais. Segundo o MP, enquanto o Congresso não alterar a redação da lei, caberá aos juizes eleitorais reforçarem a documentação solicitada no ato das transferências. Para comprovar o domicílio, o eleitor precisa apresentar, segundo a lei, documentos que mostrem que ele é residente no município ou tem vínculo familiar, profissional, patrimonial ou comunitário. No Rio Grande do Norte, foram cancelados 17.997 títulos. O Rio Grande do Sul teve o maior número de títulos suspensos. Foram 40.109, seguido por Alagoas, com 36.407.
No cartório eleitoral de Caicó, responsável pelas eleições em Timbaúba, a pilha de recursos indica o tamanho do problema. Os pedidos de transferência de títulos seguem um padrão e foram elaborados por advogados dos partidos. Entre eles, o pai do atual prefeito da cidade. As denúncias encaminhadas ao MPE revelam que eleitores entregaram procurações para os advogados em troca de benesses. Para facilitar a transferência, os partidos responsabilizam-se pelo transporte. O pleito de 2008 também está sendo investigado. A Procuradoria-Geral da República analisa a atuação do cartório e do juiz eleitoral.
Em época de eleição, Timbaúba é uma cidade dividida entre verdes e vermelhos, ou bacuraus e bicudos. O clima é tão quente que a Justiça já determinou até "toque de recolher". Entre julho e outubro, ninguém se mistura na cidade. "Não dá nem para beber com os adversários", conta o entusiasmado Givanildo Ananias dos Santos, funcionário da prefeitura e filiado ao PR. A campanha deste ano ainda não começou na cidade, mas Santos já faz apostas. "Ninguém é doido de falar mal do Lula, mas a disputa estadual está complicada. São dois palanques para o homem e quem lidera é a oposição", explica, em referência a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
"Em Timbaúba, assim como em outras cidades brasileiras, um voto faz toda a diferença", resume o coordenador-substituto do cartório eleitoral de Caicó, Daniel Dantas Palmeiras. E faz mesmo. Todos na cidade lembram-se das eleições de 1996, em que quatro votos decidiram o pleito. Em seguida, o juiz eleitoral descobriu que as urnas tinham sido violadas.
A rivalidade leva os representantes dos partidos políticos a assediarem famílias inteiras com promessas de melhorias. O caso mais grave é no povoado Saudade, a três quilômetros do Centro. Apesar da proximidade com Timbaúba, a Justiça Eleitoral entende que aquele território, com uma igreja, uma escola e uma caixa d'água, pertence a Serra Negra do Norte, município vizinho. "Toda eleição é a mesma coisa. Vêm os políticos de lá e de cá. Oferecem um monte de coisa em troca de voto", conta Maria das Neves Germano, 50 anos, que teve o título transferido para Serra Negra. Marido e filho, que vivem na mesma casa, votam em Timbaúba. "Não sei bem o que acontece", diz, lembrando que, nas últimas eleições, a promessa dos políticos era de reformar a casa da família.
Quase todos os moradores do local já tiveram o título impugnado por conta das transferências ilegais. Ana Maria da Conceição, 66 anos, é um exemplo. "Não consegui entender direito o que aconteceu. Agora tenho que votar em Serra Negra, mas antes era em Timbaúba", diz, sem saber explicar como foi o processo de transferência do título e por que os filhos continuam votando em Timbaúba.
Recentemente, lideranças locais passaram nos povoados da região, inclusive Saudade, cadastrando eleitores. Pediram título e outros documentos. Tales Monteiro de Araújo vai votar pela primeira vez nestas eleições. Os pais votam em Serra Negra. Ele preferiu Timbaúba. "Os políticos são melhores", diz, sem saber citar uma ação de um político local pelo povoado.
A Justiça Eleitoral ainda pode impedir eleitores de votarem nestas eleições se for comprovada fraude, apesar de o cadastro estar fechado. As novas informações são encaminhadas para os mesários e passam a constar na folha de votação.

Agricultor do Alto Oeste está marcado para morrer

Mossoró - “Eu vivo até quando Deus quiser.” Essas são as palavras de um homem que sabe que está marcado para morrer. Para ele, partir desta para outra é só uma questão de tempo. Mas, até lá, ele diz ter uma única certeza: “Não vou desistir. Quero justiça.” Até seis anos atrás, Nerivaldo Araújo de Oliveira, 48 anos, era apenas um agricultor que levava uma vida pacata no campo. De lá para cá, a vida se transformou em um inferno. Hoje, ele está preso sob acusação de duplo homicídio e disposto a falar tudo o que sabe.
Até o dia 22 do mês passado, “Galego”, como Nerivaldo é mais conhecido, era considerado foragido da Justiça, quando resolveu se entregar com uma única condição: quer denunciar um grande esquema criminoso que envolve roubo de cargas, animais e veículos, execuções sumárias, grupo de extermínio, corrupção de policiais civis e militares, enfim uma rede criminosa que seria comandada por um empresário de Apodi que atua nos ramos de festa de gado, agropecuária e outros. Para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal, o DE FATO não vai divulgar os nomes denunciados.



Nerivaldo Araújo confessa ter matado dois ladrões de ovelhas

Dois dias após se apresentar à Justiça, Galego prestou depoimento à Polícia Federal que demorou cerca de cinco horas, tudo acompanhado pelo promotor de justiça Armando Ribeiro Lúcio, que vai encaminhar as denúncias ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual. A reportagem não acompanhou o depoimento dado na Delegacia da Polícia Federal de Mossoró, mas teve acesso às denúncias em uma entrevista intrigante, na qual Galego reafirma tudo o que disse à PF.
Casado, pai de duas filhas (uma com 18 e outra com 21 anos), Galego, que é natural de Brejo do Cruz (PB), já morou no Ceará e há vários anos adotou o Rio Grande do Norte como a sua “casa”. Ele chegou a morar em Janduís com os pais, mas foi em Apodi que conseguiu “crescer” e tornar-se um bem-sucedido agropecuarista. Hoje, nas contas dele, seus bens ou sua indenização, como Galego faz questão de dizer em referência ao que perdeu pela falta de justiça, estariam avaliados em torno de R$ 1 milhão, somando o que ele produziria nesse período e os bens materiais que possuía.
Até 2004, quando começou a ser perseguido por criminosos, Galego mantinha uma produção considerável em suas terras. Produzia de tudo um pouco. O sítio Pau dos Ferros fica distante 35 quilômetros da zona urbana de Apodi. Ele conta que naquela época tinha 800 cabeças de ovelha, 400 de bode e 100 de boi, fora a criação de suínos. Por ano, Galego conta que produzia 1.000 sacos de milho, entre 50 e 100 litros de leite por dia. Hoje, sua propriedade se resume a 40 cabeças de gado e 200 de ovelha. O restante dos animais foi roubado pelos bandidos que hoje querem seu fim.
Em meio à desgraça que assolou a sua família, Nerivaldo lembra que seu maior arrependimento foi no dia 5 de novembro de 2009, quando matou Francisco Helói Rodrigues de Sousa, mais conhecido como “Chico de Zé do Leite”, e Alisson Henrique da Silva. Os dois, segundo Nerivaldo, eram bandidos subordinados ao empresário que está sendo denunciado na Polícia Federal. Horas depois do duplo homicídio, Nerivaldo foi preso entre Caraúbas e Campo Grande e confessou o crime. No dia 1° de abril deste ano, ele fugiu da Cadeia Pública de Mossoró, mas se reapresentou no último dia 22.

Empresário é apontado como líder da quadrilha em Apodi

Desde quando resolveu peitar o empresário que é apontado como líder de uma quadrilha interestadual, em Apodi, a vida de Galego e família passou a correr mais riscos. Hoje, ele tem certeza que tem a cabeça “a prêmio”. O último plano arquitetado para matá-lo foi realizado em uma casa no bairro Belo Horizonte (zona sul) e seria executado dentro da Cadeia Pública de Mossoró, onde ele está preso. “Depois que fugi, soube que eles (o empresário e seus comandados) tinham um plano pra me matar, no valor de R$ 50 mil. O plano foi no Belo Horizonte”, comenta Galego, revelando que sua execução teria a participação de policiais militares ligados a um grupo de extermínio que atua em Mossoró e região, sob as ordens do empresário apodiense. “Ele (o empresário) está por trás de tudo”, diz, em tom enfático.
De 2004 para cá, Galego afirma que já sofreu várias tentativas de homicídio, sendo que umas delas mais diretas do que as outras, como foi o caso que ele, por pouco, não trocou tiros com pistoleiros no centro de Apodi em plena luz do dia. Porém, o último plano para tirar sua vida está sendo arquitetado dentro da Cadeia Pública, com a participação de agentes penitenciários estaduais e policiais militares. A denúncia é grave e, justamente por isso, ele deverá ser transferido para uma unidade prisional de Natala.No depoimento que prestou à Polícia Federal, Galego denunciou o plano e chegou até a informar o nome dos envolvidos na sujeira. Ele contaou que um dos agentes penitenciários envolvidos “teve a ousadia de me tirar da cela de dez horas da noite pra me apresentar um homem que eu nem conhecia (o policial militar). Pra que eu quero conhecer essa pessoa? Eu não tinha nada a ver com ele. Mas era pra ele me conhecer e depois me matar”, revela.
Segundo Galego, esse não teria sido o primeiro plano para lhe matar envolvendo policiais. Ele garante que em Apodi, onde começou a perseguição, outros policiais haviam sido contratados pelo empresário para executar o plano. Um dos contratos, segundo ele, teria sido feito no dia em que se encontrou com o delegado Célio Fonseca para tentar negociar o recebimento dos seus bens.
“Enquanto eu conversava com o delegado, ele (o empresário) conversava num cantinho com um policial. Ele já tava acertando minha morte”, denuncia, enfatizando que no dia da audiência, após denúncias feitas em Natal, sua execuçãoteria, mais uma vez, a participação de policiais.

“Eu não tenho medo de morrer em canto nenhum”
Mossoró - Em uma entrevista exclusiva concedida ao Jornal de Fato, Nerivaldo Araújo de Oliveira, “Galego”, fala sobre a esperança de um dia ver por trás das grades todos os envolvidos na quadrilha que seria liderada por um empresário, inclusive policiais civis, militares e agentes penitenciários. Apesar de sofrer com a injustiça há seis anos, ele diz ainda acreditar na Justiça brasileira, e que seu problema está perto de se resolver com a ajuda da Polícia Federal. Apesar da vida no campo, Galego mostra-se, nesta entrevista, um homem “entendido” dos seus direitos e brinca, antes de começar a ser gravado, que sua história daria um bom livro.

Por qual motivo o senhor procurou a Polícia Federal?
A Polícia Federal, se ela num resolver, também já são três órgãos que eu procuro, né? A “Civi” me roubou. O quanto os ladrão me roubou (diz a função do policial civil) fez parte e a militar num podia fazer nada porque quando pegava, levava pra Civi e a Civi num tinha o que fazer... Certo? Então, eu procurei a Justiça Federal por muito tempo, mas só que quando eu chegava lá, eu num tinha como entrar. Eles diziam: “Você já fez o boletim de ocorrência? Tem que vim de lá.” Então, nunca me recebeu, certo? Então, eles (a Polícia Federal) quiseram me ouvir agora. No tempo que eu procurei, tinha evitado muita coisa, mas... Só que confiava na Civi, e tome prejuízo em cima de prejuízo. Eu fiquei muito satisfeito... A Polícia Federal fez um trabalho muito bonito. Disse que na hora que eu quiser pedir segurança pra rever meus animais, se alguém se encostar na minha família, mas que eu tenha provas...

O senhor tem medo de morrer aqui na Cadeia Pública?
Rapaz, eu num tenho medo de morrer em canto nenhum porque eu tô lutando pela minha vida, pelo meu suor, pelo meu sacrifício, pelo digno que eu sou... Num tenho nenhum receio de morrer em canto nenhum. Agora, se eu estivesse na minha propriedade, eu achava mais confiante porque eu tava trabalhando... Tava mais sossegado, né? Mas num é que eu tenha medo de morrer aqui, nem em Caicó, nem em Natal, nem em canto nenhum não! Se fosse pra eu morrer, eu já tinha morrido! Eu não tenho medo de ninguém, não devo a ninguém. Fiz uma coisa à força, que num era pra mim ter feito aquilo... A Justiça foi corrupta em cima de um (diz a função de um policial civil)... Ele me ajudou, mas num me defendeu.

Ter feito aquilo. Aquilo que você se refere é o quê?
Matar aqueles homis que num era pra mim matar. Era pra ter sido preso pra mim pagar. Por que que hoje eu tô lutando? Eu num quero matar esse homi (o empresário). Eu quero que ele mim pague. Se ele mim pagar o meu caminhão e quiser ser meu amigo, tá perdoado! Porque que como é que um homem de 45 anos... 48 anos de idade, até 45 eu nunca briguei com ninguém. Eu num tenho nenhum intrigado.

O senhor acredita na Justiça?
Acredito. Agora que ela é lenta, demora, mas se a gente insistir, um dia chega. Eu acredito.

Está perto?
Eu tô sentindo que tá perto porque tudo quanto era pra eu fazer eu já fiz... Tô sendo bem recebido, bem ouvido... Tô me sentindo feliz. Eu tô achando que chegou, né? Até porque essa questão é pequena. Eu só quero o meu pagamento desse carro porque as ovelhas eu num vou mais atrás, mas desse carro eu quero!

Como é viver sabendo que tem alguém querendo sua morte?
Rapaz... Num é vida, é passar pela vida. Hora você não come, muitas horas você não sente sono... Sobre o amor, também é esquecido. Você só se lembra da embriaguez. Quando vê a cachaça, a diversão, você vai pra dentro. Eu me sinto hoje 50% perdido.

E a família no meio de todos esses problemas, como é que eles ficam?
A minha família eu entrego só a Deus. Num tem nenhuma segurança. Num tem ninguém olhando. Eu entrego só a Deus. Porque Deus é quem tem me defendido e vai me defender e vamo à luta, porque Ele só pode me defender.

Dentro da Cadeia Pública, o senhor acha que estará seguro?
Não, tô não...

Por quê?
Porque aqui dentro existe corrupção. A corrupção que existe é que funcionário daqui me trouxe homis perigosos pra me conhecer dez, onze horas da noite... Coisas estranhas que a gente... Eu percebo, eu vejo, eu até ouvi... Eu acredito que essas pessoas que trabalham aqui não merecem confiança.

Não entendi. Seja mais claro.
Um agente penitenciário teve o atrevimento de me tirar de dentro de uma cela, eu num vou dizer o nome porque você sabe como é, vai ser pior pra mim... Mas o que é que interessava ele trazer uma pessoa lá de fora, que trabalha em matança, em grupo de extermínio pra me conhecer, se eu num tinha interesse? Heim? E se ele num se dava comigo? Tudo que ocorresse, ele me pistolava.


Nesse esquema que o senhor está denunciando tem policiais envolvidos?
Tem! Tem mais, eu só digo o nome do delegado porque os outros eu não sei por nome.

QUEM é (nome do empresário) pra você?
(Diz o nome do empresário)... É... (Fala as atividades líticas realizadas pelo empresário, que não serão informadas para evitar que ele seja identificado antes do fim da investigação), ladrão, chefe de gangue organizada, pistolagem, roubo de gado, roubo de carga... Ele tem todo envolvimento dentro de Catolé do Rocha (PB) com (diz o nome de um bandido da Paraíba), que é quem passa pelas mãos todos os carros que são roubados aqui...

Por que o senhor acredita que (nome do empresário) quer lhe matar?
Pra não descobrir os podres dele como eu tô descobrindo hoje (bate numa mesa, revoltado). Ele quer se vingar, quer me fazer o mal. Ele mandou roubar meu carro de propósito. Quem me disse foram os ladrão dele.

Problemas começaram em 2004

Cinco anos. Esse foi o período que Nerivaldo Araújo de Oliveira diz ter esperado pela Justiça. Porém, no dia 5 de novembro de 2009, ele diz ter perdido as esperanças e assume que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, acreditando que estava defendendo sua vida. Para ele, era matar ou morrer, já que estava sendo “caçado” por pistoleiros que teriam sido contratados pelo empresário responsável pela quadrilha.

Em uma entrevista exclusiva ao Jornal de Fato, concedida dias após o depoimento prestado na Delegacia da Polícia Federal de Mossoró, Galego conta sua história do início. Ele lembra que os primeiros incidentes ocorreram em 2004, quando capangas do empresário o procuraram para pedir um “favor”. Ele lembra que havia juntado dinheiro e conseguiu comprar uma caminhonete tipo F-4000 para ajudar na lida diária com seus animais.

Porém, os bandidos queriam usar o veículo para roubar animais de outros agropecuaristas da região. “Como eu me recusei, começaram as perseguições”, relembra Nerivaldo. “Meus problemas começaram a partir daí e só aumentaram”, acrescenta.

Início dos furtos
Depois disso, a propriedade dele passou a ser alvo de constantes investidas dos criminosos, as quais ele atribui a Francisco Helói Rodrigues de Sousa, “Chico de Zé do Leite”, que seria uma espécie de subchefe da gangue do empresário.
Na primeira invasão, os bandidos levaram 80 cabeças de ovelha da propriedade de Nerivaldo. Porém, as ações de represália à negativa do agropecuarista não se limitariam apenas ao furto de animais. Dias depois, a caminhonete que havia sido pedida para o furto de animais também foi levada.

Reaver os bens
Foi a partir daí que ele tomou uma atitude mais rígida e resolveu, por conta própria, procurar os assaltantes que teriam levado seus animais e também a sua caminhonete. De acordo com Nerivaldo, depois de muita insistência, os bandidos confessaram que realmente estavam agindo a mando do empresário que lidera a gangue.
“Eu ofereci R$ 10 mil para um deles trazer de volta minha caminhonete. Se era de eu comprar outra, era muito mais barato gastar só os 10 (mil) e ter de volta minha caminhonete”, comenta Galego, ressaltando que, de início, os bandidos teriam aceitado o trato, mas desistiram por ordem do empresário “Eles foram falar com ele, mas ele não deixou.”

A vida em jogo
Até então, sua integridade física ainda não havia sido colocada em risco, até que ele diz ter sido abordado por dois pistoleiros no Centro de Apodi. Desde os primeiros furtos, Nerivaldo armou-se para se defender. Uma viagem ao Centro, por pouco, não foi a sua última. Ele foi abordado por um dos pistoleiros, que sacou a arma e a encostou em sua cabeça. Rapidamente, ele conta que conseguiu corresponder.
“Na hora que ele encostou a arma na minha cabeça, por trás, eu me virei e coloquei a mão na minha arma também”, narra Nerivaldo, relembrando aquelas cenas dos filmes de faroeste. Armados, ambos não tiveram coragem de atirar e foram distanciando-se a passos de caranguejo, até que o pistoleiro subiu na garupa da motocicleta e decidiu ir embora.
“Eu podia ter atirado nos dois naquela hora, mas como é que eu ia provar que eles tinham ido lá pra me matar?”, questiona Galego, acrescentando que foi a partir daí que percebeu que sua vida estava correndo sério perigo e decidiu “peitar” seu grande inimigo.

O primeiro encontro
“Foi nessa hora que eu decidir ir até o ‘cabeça’ – refere-se ao empresário – porque eu sabia que tava perdido, que ia morrer a qualquer hora”, relembra Galego, referindo-se ao encontro que teve com o empresário e declarou “guerra”.
Da quase troca de tiros com os dois pistoleiros, ele seguiu diretamente para o local onde o empresário trabalhava e, a portas fechadas, colocou suas cartas na mesa. “Eu posso morrer a qualquer hora, mas morro pela minha honra, pela minha honestidade, pelo que consegui em toda a minha vida”, desabafa.
Cara a cara com o homem que queria pôr um ponto final em sua vida, Galego propõe um acordo: ele quer de volta seu caminhão e suas ovelhas, o que não foi atendido pelo empresário. “Eu fui duro com ele pra colocar medo mesmo, mas ele não aceitou o acordo”, diz.

A vez da polícia
Como não conseguiu o que queria em seu primeiro encontro, Galego tentou fazer que a Polícia Civil intermediasse um acordo entre os dois. Em uma audiência na presença do delegado Célio Fonseca, então titular da Delegacia de Polícia Civil de Apodi, os dois conversaram, mas novamente não conseguiram se acertar sobre o problema, que só se agravou meses depois.
A primeira denúncia
Após fracassar em sua tentativa de fazer que as Polícias Civil e Militar da região lhe ajudassem a reaver os bens perdidos, Galego toma a decisão que colocou sua vida ainda mais em risco. Ele procura o Ministério Público e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), ambos em Natal, e denuncia o descaso da Polícia e o esquema chefiado pelo inimigo.

Dias contados
Galego havia feito um último acordo com o empresário e pediu que ele lhe emprestasse um caminhão para transportar seus animais de Apodi para Janduís, onde pretendia começar uma nova vida, longe dos problemas que vinham lhe perturbando nos últimos anos.

Porém, o acordo de paz já não era mais possível após as denúncias feitas em Natal. Já morando em Janduís, Galego é convocado para uma audiência na DP de Apodi, onde, segundo ele, havia sido arquitetada a sua execução. Ele chegou a ir para Apodi, mas foi avisado antes que criminosos estavam escondidos no meio do mato, à sua espera, justamente no dia em que iria prestar depoimento na DP.
Ele conta que já havia sentido que sua vida estava em jogo quando voltou para Janduís, quando passou a perceber a presença de estranhos rondando sua propriedade, principalmente no horário noturno.

Duplo homicídio
Todavia, para Galego, sua morte estava marcada para o dia 5 de novembro de 2009, quando ele acabou assassinando Francisco Helói Rodrigues de Sousa, “Chico de Zé do Leite”, e Alisson Henrique da Silva. Ambos teriam participado diretamente dos furtos às suas propriedades e foram mortos com vários tiros.
Chico de Zé do Leite e Alisson estavam em uma motocicleta, juntamente com dois amigos que andavam em outra moto. Galego afirma que Chico participou do furto de suas ovelhas e que Alisson tinha participado do furto de um boi que ele havia comprado e levado do sítio. “Os outros dois eu sabia que tinham envolvimento, mas eu num tinha prova. Então, mandei eles embora e atirei em todos os dois”, confessa.

Atrás das grades
Galego conta que não mudou seus planos depois que matou seus dois desafetos e que seguiu “normalmente” para Janduís, quando acabou sendo preso pela Polícia Militar na rodovia estadual que liga Caraúbas a Campo Grande. “Eles me pararam, perguntaram se eu tinha a ver com a morte da Chapada e eu disse que sim. Perguntaram pelas armas e eu mostrei”, resume Galego, que foi autuado em flagrante por duplo homicídio, juntamente com o amigo Manuel Cícero, que ele diz ter participação somente na fuga. “Ele não atirou. Eu fiz tudo só. Sou homi (sic) pra assumir os meus atos”, diz.

Ensino médio está pior do que o fundamental

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostra avanço nas séries iniciais, mas, nas últimas, nota foi de 3,6

Demétrio Weber

O ensino brasileiro deu sinal de melhora, mas o avanço perde força entre os estudantes mais velhos.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2009 (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação, mostrou que a maior elevação ocorreu nas séries iniciais do ensino fundamental (1 ao 5 ano), com aumento de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6, em 2009, antecipando inclusive a meta estabelecida para 2011.
Nas séries finais do ensino fundamental (6 ao 9 ano), o acréscimo foi de 3,8 para 4. O ensino médio teve o pior desempenho: a nota passou de 3,5 para 3,6, numa escala que vai de 0 a 10.
O Ideb é um indicador criado pelo MEC para medir a qualidade dos sistemas de ensino público e privado. Ele considera as notas dos alunos na Prova Brasil/Saeb e o índice de aprovação nas escolas. Para o MEC, o resultado foi positivo.
— O fantasma da queda de qualidade, que nos assombrou até o começo dos anos 2000, está ficando para trás — disse ontem o ministro Fernando Haddad, ao anunciar os resultados. — Estamos distantes da nossa meta final, mas estamos com uma trajetória consistente, já pelo quarto ano consecutivo. Não é hora de esmorecer. É tentar acelerar o ritmo das mudanças.
O avanço captado pelo Ideb não significa que o nível de aprendizagem nas escolas brasileiras seja bom. Longe disso. A Prova Brasil/Saeb, usada no cálculo do índice, avalia conhecimentos de português e matemática a cada dois anos. A nota média dos alunos do 5 ano do ensino fundamental em português foi de 184,3 pontos, numa escala de até 400.
A nota dos estudantes do 3 ano do ensino médio foi 268,8, na escala até 800. Em todos os níveis, no entanto, houve progresso. Em 2009, apenas 75,9% dos alunos de nível médio passaram de ano. Nas séries finais, 81,3%. Nas iniciais, 88,5%. Os indicadores de fluxo também melhoraram em relação a 2007.
Ao criar o Ideb, o ministério reconheceu que o Brasil estava mais de uma geração atrás dos países desenvolvidos na área do ensino. Por isso, traçou como meta chegar a 2021, véspera do bicentenário da Independência, com o mesmo nível de aprendizagem atingido pelo mundo desenvolvido em 2003.
No modelo matemático que está por trás do Ideb, isso equivale a obter nota 6 no Ideb de 2021. De 2005, quando o índice foi calculado pela primeira vez, até 2021, foram traçadas metas bienais. São essas metas que foram superadas em 2007 e 2009.